Francisco Cândido Xavier

União Fraternal

“Procurando guardar a unidade do espírito pelo vínculo da paz.”
Paulo. (EFÉSIOS, 4.3)

 

À frente de teus olhos, mil caminhos se descerram, cada vez que te lembras de fixar a vanguarda distante.

São milhões de sendas que marginam a tua.

Não olvides a estrada que te é própria e avança, destemeroso.

União, humildade e caridade

 

União — é fraternidade.

Humildade — é renúncia.

Caridade — é amor.

Somente com fraternidade legítima é possível reunir corações em derredor do Cristo.

Somente com o amor exemplificado, iluminaremos nosso caminho para Deus.

Realizaremos a União pelo esforço próprio do Trabalho.

Alcançaremos a Humildade — através de fervorosa solidariedade.

Edificaremos a Caridade — revelando a luminosa Tolerância.

Espíritas, Unamo-nos!

 

Meus amigos, que o Cordeiro de Deus vos encha o coração de muita paz! De boa vontade e acorrendo como sempre aos eventos promissores da Doutrina, aqui nos achamos de modo a vos trazer o nosso testemunho de fraternidade constante.

Nesse momento, realizais o início de uma nova etapa evolutiva, nesta casa de amor fraternal, onde os postulados sublimes do Espiritismo constituem o objetivo sagrado das atividades de todos os corações.

Nossas Mães

 

Tivemos o Dia de nossas mães,

Que não nos pedem aplausos ou sermões,

Todas esperam uma prece

De nossos corações.

 

Toda mãe é nossa guarda,

Que nos conforta e conduz,

Todas são almas divinas,

Santas meninas, mensageiras de Jesus.

 

 

Mensagem às Mães

 

Mãezinha!

Quando nos acolheste nos braços, sentiste que o coração se te estalava no peito, à feição de harpa repentinamente acordada por mãos divinas.

Rias e choravas, feliz, crendo haver convertido a regaço em ninho de estrelas.

Aconchegaste-nos ao colo, qual se trouxesses uma braçada de lírios que orvalhavas de lágrimas.

Quantos dias de ansiedade e ventura, sorrindo ao porvir, e quantas noites de vigília e sofrimento, receando perder-nos!…

Humildade do Coração

 

“Bem-aventurados os pobres de espírito”, proclamou o Senhor.

Nesse passo, porém, não vemos Jesus contra os tesouros culturais da Humanidade, mas, sim, exaltando a humildade do coração.

O Mestre recordava-nos, no capítulo das bem-aventuranças, que é preciso trazer a mente descerrada à luz da vida para que a sabedoria e o amor encontrem seguro aconchego em nossa alma.

A prova última

 

E porque o aprendiz indagasse sobre o currículo dos exames a respeito do aperfeiçoamento da alma, o mentor esclareceu, paciente:

— Na Espiritualidade Superior, as avaliações de aproveitamento são muitas. Temos as de paciência, de disciplina, de espírito de serviço e de auxílio aos semelhantes, no entanto, ao que me parece, a última é a mais difícil de todas.

E qual é a última? — Indagou o discípulo atento.

O mentor respondeu em tom decisivo:

A Chave de Luz

 

Lembra-te de que ninguém avança sem companhia. Toda obra pede auxílio e cooperação.

A árvore protege a fonte, tanto quanto a fonte alimenta a árvore.

O pão que extingue a fome é filho da compaixão do solo que nutriu a semente, da renúncia da semente que germinou para o sol e da força do sol que amparou a terra obscura e sustentou a semente frágil.

Assim também, vida afora, nas empresas que o mundo te conferiu, não prescindirás de braços amigos que te estendam socorro e fraternidade.

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