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A caridade

A caridade é o amor divino nas suas mais excelsas manifestações. É a seara magnificente das bênçãos dulcificantes de Deus.

“Fora da caridade não há salvação” — eis o augusto frontispício desta grandiosa doutrina que é o Espiritismo e que será futuramente a filosofia universal. E o será, porque a sua base indestrutível apoia-se sobre essa virtude deificada, a maior de todas as virtudes! Será a mais sublime das religiões, porque é fundada sobre os ensinamentos do Cristo, interpretados fielmente pelos mensageiros da verdade, que são os espíritos do Senhor!

Deus é bom

 

Deus é bom, criança! A sua profunda piedade estende-se ao Universo inteiro. Acostuma-te a amá-Lo, com todo o teu coração. Procura compreender a essência sagrada do Seu amor infinito. Já notaste a grande alegria que te enche a alma quando a tua mãe te beija ou quando o teu pai te aperta em seus braços? Essas ternuras são carinhos do amor de Deus.

Das mães e da Mãe Santíssima

 

A maternidade é um segredo entre a mulher e Deus. A participação do homem é ínfima, na maternidade; a participação da mulher é tocada de alegria e de dor, de tormento e de sofrimento, de prazer e de responsabilidade, desde que o filho nasce, até o último dia da mulher sobre a Terra. E sabe lá Deus se, depois desta Vida, quantas lutas sofrem as mães em auxílio aos filhos que deixaram neste mundo!

Orientação ao Centro Espírita

Atividades Administrativas

1. FUNDAMENTAÇÃO

“Dá conta de tua administração.” — Jesus (Lucas 16.2).

A parentela corporal e a parentela espiritual

 

Os laços do sangue não criam forçosamente os liames entre os Espíritos. O corpo procede do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito, porquanto o Espírito já existia antes da formação do corpo; não é o pai quem cria o Espírito de seu filho; ele mais não faz do que lhe fornecer o invólucro corpóreo, cumprindo-lhe, no entanto, auxiliar o desenvolvimento intelectual e moral do filho, para faze-lo progredir.

A Pele do Rinoceronte

 

Nas noites de segunda e sexta-feira, ele colocava o Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, embaixo do braço e ia para o Centro Luiz Gonzaga.

Seguia à risca uma instrução ditada por Emmanuel: fidelidade irrestrita a Jesus Cristo e a Kardec, o codificador da doutrina espírita. O guia do outro mundo levava tão a sério este mandamento que um dia chegou a determinar a Chico:

- Se alguma vez eu lhe der algum conselho que não esteja de acordo com Jesus e Kardec, fique do lado deles e procure me esquecer.

O Aprendiz de Curandeiro (1)

 

Chico tinha pouco tempo para estripulias profanas. Carregava um vulcão na cabeça. As erupções, incessantes, geravam bateladas de livros. Em 1940, ele lançou três novos títulos ainda faltavam dezenove para ele atingir a cota de trinta combinada com Emmanuel. Mas os romances e poemas do além causavam menos impacto do que os textos que ele começava a escrever em sessões realizadas entre amigos espíritas: os recados enviados do céu por parentes mortos a suas famílias.

Muito prazer, Emmanuel

 

Chico se sentia sozinho apesar das visitas esporádicas da mãe e das sessões no Centro Luiz Gonzaga. Para escapar do coro dos céticos, ele arrastava os pés pelas ruas de terra do arraial e, com os sapatos sempre frouxos, tomava o rumo do açude.

Aquele era seu refúgio. Ali, ele se encolhia a sombra de uma árvore, na beira da represa, encarava o céu e rezava ao som das águas. Em 1931, o bucolismo da cena deu lugar ao fantástico.

Ponderações de Kardec

"[…] Devo ainda vos chamar a atenção para outra tática de nossos adversários: a de procurar comprometer os espíritas, induzindo-os a se afastarem do verdadeiro objetivo da Doutrina, que é o da moral, para abordarem questões que não são de sua competência e que poderiam, com toda razão, despertar suscetibilidades e desconfianças.