Instituto de Tratamento

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Capítulo: 
Lição 8
Espírito(s): 

 

“O que é nascido da carne é carne e o que é nascido do Espírito é espírito.”

 JESUS - João, 3: 6.

 

“Os laços de família não sofrem destruição alguma com a reencarnação, como o

pensam certas pessoas. Ao contrário, tornam-se mais fortalecidos e apertados. O

principio oposto, sim, os destrói.’ - ESE, Cap. IV, item 18.

 

Atingindo o Plano Espiritual, depois da morte, sentimentos indefiníveis nos

senhoreiam o coração.

 

Nos recessos do espírito, rebentam mágoas e júbilos, poemas de ventura e gritos de

aflição, cânticos de louvor pontilhados de fel e brados de esperanças que se calam,

de súbito, no gelo do sofrimento.

 

Rimos e choramos, livres e presos, triunfantes e derrotados, felizes e desditosos...

 

Bênçãos de alegria, que nos clareiam. pequeninas vitórias alcançadas, desaparecem,

de pronto, no fundo tenebroso das quedas que nos marcaram a vida.

 

Suspiramos pela ascensão sublime, sedentos de comunhão com as entidades heróicas que
nos induzem aos galardões fulgentes dos cimos, todavia, trazemos o desencanto das aves cativas e mutiladas.

 

Ao invés de asas, carregamos grilhões, na penosa condição de almas doentes...

 

Na concha da saudade, ouvimos as melodias que irrompem das vanguardas de luz,

entretecidas na glória dos bem-aventurados. no entanto, austeras admoestações nos,

chegam da Terra pelo sem-fio da consciência...

 

Nas faixas do mundo somos requisitados pelas obrigações não cumpridas.

 

Erros e deserções clamam dentro de nós, pedindo reparos justos...

 

Longe das esferas superiores que ainda não merecemos e distanciados das regiões

positivamente inferiores em que nossas modestas aquisições evolutivas encontraram

inicio, concede-nos, então, a Providência Divina,, o refúgio do lar, entre as sombras

da Terra e as rutilâncias do Céu,por instituto de tratamento, em que se nos efetive a

necessária restauração.

 

É assim que reencarnados em nova armadura física, reencontramos perseguidores e

adversários, credores e cúmplices do pretérito, na forma de parentes e companheiros

para o resgate de velhas contas.

 

Nesse cadinho esfervilhante de responsabilidades e inquietações, afetos renovados

nos chamam ao reconforto, enquanto que aversões redivivas nos pedem esquecimentos...

 

A vista disso, no mundo, por mais atormentado nos seja o ninho familiar abracemos

nele a escola bendita do reajuste onde temporariamente exercemos o oficio da redenção.

Conquanto crucificados em suplícios anônimos atados a postes de sacrifício ou semiasfixiado

no pranto desconhecido das grandes humilhações, saibamos sustentar-lhe a estrutura moral,

entendendo e servindo, mesmo à custa de lágrimas, porque é no lar,

esteja ele dependurado na crista de arranha-céus, ou na choça tosca de zinco,

que as leis da vida nos oferecem, as ferramentas de amor e da dor para a construção

e reconstrução do próprio destino entregando-nos, de berço em berço, ao carinho de

Deus que verte inefável, pelo colo das mães.