Neio Lúcio

A caridade desconhecida

 

A conversação em casa de Pedro versava, nessa noite, sobre a prática do bem, com a viva colaboração verbal de todos.

Como expressar a compaixão, sem dinheiro? por que meios incentivar a beneficência, sem recursos monetários?

Com essas interrogativas, grandes nomes da fortuna material eram invocados e a maioria inclinava-se a admitir que somente os poderosos da Terra se encontravam à altura de estimular a piedade ativa, quando o Mestre interferiu, opinando, bondoso:

A Caridade Desconhecida

 

A conversação em casa de Pedro versava, nessa noite, sobre a prática do  bem, com a viva colaboração verbal de todos.

Como expressar a compaixão, sem dinheiro? Por que meios incentivar a beneficência, sem recursos monetários?

Com essas interrogativas, grandes nomes da fortuna material eram invocados e a maioria inclinava­se a admitir que somente os poderosos da Terra se encontravam à altura de estimular  a piedade ativa, quando o Mestre interferiu, opinando, bondoso:

O Dom Esquecido

 

Centralizara-se geral atenção em torno de curiosa palestra referente aos dons com que o Céu aquinhoa as almas, na Terra, quando o Senhor comentou, paciente:

— Existiu um homem banhado pela graça do merecimento, que recebeu do Alto a permissão de abeirar-se do Anjo Dispensador dos dons divinos que florescem no mundo.

Ante o Ministro Celeste, o mortal venturoso pediu a bênção da Mocidade.

O servo inconstante

 

À frente do todos os presentes, o Mestre narrou com simplicidade:

A lição da semente

 

Diante da perplexidade dos ouvintes, falou Jesus, convincente:

 

Explicações do Mestre

 
 
Em plena conversação edificante, Sara, a esposa de Benjamim, o criador de cabras, ouvindo comentários do Mestre, nos doces entendimentos do lar de Cafarnaum, perguntou, de olhos fascinados pelas revelações novas:
 

A escola das almas

 

Congregados, em torno do Cristo, os domésticos de Simão ouviram a voz suave e persuasiva do Mestre, comentando os sagrados textos.

 

Quando a palavra divina terminou a formosa preleção, a sogra de Pedro indagou, inquieta:

 

— Senhor, afinal de contas, que vem a ser a nossa vida no lar?

 

Contemplou-a Ele, significativamente, demonstrando a expectativa de mais amplos esclarecimentos, e a matrona acrescentou:

 

O Culto Cristão no lar

 

Povoara-se o firmamento de estrelas, dentro da noite prateada de luar, quando o Senhor, instalado provisoriamente em casa de Pedro, tomou os Sagrados Escritos e, como se quisesse imprimir novo rumo à conversação que se fizera improdutiva e menos edificante, falou com bondade:

 

— Simão, que faz o pescador quando se dirige para o mercado com os frutos de cada dia?

 

O apóstolo pensou alguns momentos e respondeu, hesitante:

 

— Mestre, naturalmente, escolhemos os peixes melhores. Ninguém compra os resíduos da pesca.