Emmanuel

Trabalho

 

Se nos propomos retratar mentalmente a luz dos Planos Superiores, é indispensável que a nossa vontade abrace espontaneamente o trabalho por alimento de cada dia. 

No pretérito, apreciávamo-lo por atitude servil de quantos caíssem sob o ferrete da injúria. 

A escola, as artes, as virtudes domésticas, a indústria e o amanho do solo eram relegados a mãos escravas, reservando-se os braços supostos livres para a inércia dourada. 

Administradores

“Honrai o rei.” — (1 Pedro, 2:17)

O Espírito desprevenido que lesse superficialmente a recomendação de Pedro, talvez fosse induzido a inferiores considerações.

Não seria manifestação servil do apóstolo, recomendar os príncipes do mundo ao respeito dos aprendizes do Evangelho? Não seria expressão de medo, o propósito de cativar a atenção de dominadores da Terra?

Entretanto, aquele Simão muito amado, cheio da luz do Pentecostes, escreveu a pequenina indicação, evidenciando sabedoria divina.

Nas crises da direção

O Evangelho segundo o Espiritismo — Cap. XVII — Item 9

O Livro dos Espíritos — Questão 876

 

É muito fácil desinteressar-nos dos aspectos menos agradáveis do serviço necessário à preservação da verdade e do bem.

Isso acontece, principalmente, quando as consequências não nos digam respeito.

Professores Diferentes

 

Questão n.° 290 de “O Livro dos Espíritos”

Entre familiares e amigos, encontras, na Terra, a oficina do teu burilamento.

Com raras exceções, todos apresentam problemas a resolver.

Problemas na emoção e no pensamento.

Problemas na palavra e na ação.

Problemas no lar e no trabalho.

Problemas no caminho e nas relações.

Prossegues, assim, junto deles, como quem respira ao pé de múltiplos instrutores num instituto de ensino.

Renunciação Cristã

 

Quando Jesus nos concitava à renunciação aos laços consanguíneos para buscar-lhe o Reino de Amor e Luz, não se propunha implantar entre nós o espinheiro do ódio ou o frio da indiferença. Proclamava, sim, o impositivo de nossa fidelidade a Deus, no cumprimento integral dos nossos deveres para com a Lei Divina que institui a Terra como sendo nosso lar, e a Humanidade como sendo a nossa própria família.

Reconhecerás

 

Choras em contratempos

Da vida familiar.

Pensa, porém, nos outros

Que sofrem sem amigos.

Recorda os mutilados

Que precisam de apoio.

Medita nos doentes

Que vagueiam sem teto.

Socorre aos que agonizam

Nas estradas da noite…

E reconhecerás

Quanto já és feliz.

 

 

Rusgas Domésticas

 

De pequena rusga doméstica pode nascer extensa caudal de rixas e aversões.

Aprender a ouvir sem contradizer, para aclarar qualquer ponto obscuro em momento adequado, é sinal evidente de compreensão e sabedoria.

Auxilia a criança, não apenas a sorrir, mas também a se educar.

Respeitar os parentes do coração, que se nos ligam nas experiências terrestres, é valioso preservativo contra desajustes positivamente desnecessários.

A Semente de Mostarda

 

“Se tiverdes fé do tamanho de um grão de mostarda…” — assim falou o Senhor.

É importante indagar porque não teria o Mestre recorrido a outros símbolos.

Jesus poderia ter destacado a grandeza da fé, buscando quadros mais sugestivos.

A beleza do Hermon…

A poesia do lago de Genesaré…

O esplendor do firmamento galileu…

A riqueza do Templo de Jerusalém…

Todos esses primores da paisagem que o circundava ofereciam temas vivos para a exaltação da sublime virtude.

Compreensão e Vida

 

Pesquisemos os próprios sentimentos e verificaremos quão difícil se nos faz a renovação íntima.

Quantas vezes, no mundo, teremos sentido a inconveniência de certos hábitos com manifesta incapacidade para desvencilhar-nos deles?

Em quantas ocasiões, sabíamos previamente quanto nos doeriam as consequências de determinada ação infeliz e a ela nos atiramos para nosso próprio sofrimento?

Referimo-nos ao assunto para destacar o impositivo da tolerância.

Mansos de Coração

 

Quando Jesus proclamou a felicidade dos mansos de coração, ( † ) não se propunha, de certo, exaltar a ociosidade, a hesitação e a fraqueza.

Muita gente, a pretexto de merecer o elogio evangélico, foge aos mais altos deveres da vida e abandona-se à preguiça ou à fé inoperante, acreditando cultivar a humildade.

O Mestre desejava destacar as almas equilibradas, os homens compreensivos e as criaturas de boa vontade que, alcançando o valor do tempo, sabem plantar o bem e esperar-lhe a colheita, sem desespero e sem violência.

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