Sabemos que os Espíritos encarnam com o intuito de se reajustarem frente as leis divinas e assim acenderem na escala evolutiva, rumo a felicidade, a qual estamos todos destinados.
Perante a necessidade de melhoramento moral, retornam ao orbe com o manto da doçura dos corpos infantis, despertando os sentimentos de cuidado e amor de todos aqueles que são colocados na condição de conduzir seus passos. O Choro, a fragilidade, a pouca coordenação motora, as demonstrações de dependência, trazem a essa relação possibilidade de crescimento mútuo e eterno.
Mesmo para os conhecedores das múltiplas vivências, a benesse do véu do esquecimento, nos faz olhar esse ser que ainda não consegue, pela debilidade do corpo físico, expressar os bons e maus pendores que traz em seu cerne, como aquele dependente incondicional do nosso pensar e agir.
Na infância terrena, estando mais suscetíveis as influências e orientações, o Espírito tem a possibilidade de adquirir aprendizados indispensáveis ao novo rumo que queira dar em sua trajetória. As boas noções de moral e ação no bem encontram nessa fase campo fértil para cultivo de novos frutos, mesmo que a árvore precise de múltiplas estaquias que a corrija os rumos.
As lembranças da infância vão permear suas memórias futuras que servirão como base do agir e mesmo que, no futuro, se desviem delas, saberão que tem um caminho para retornar.
Quem não se lembra de um dia ter pedido um prato que gostava muito e ter sido convidado a fazê-lo sob orientação cuidadosa de um adulto que lhe indicava os passos a serem seguidos, os cuidados a serem tomados, bem como os resultados conseguidos e os sentimentos guardados do momento de atenção e troca afetuosa. Quem não se lembra que em momentos de silêncio atencioso o aprendizado da calma, tolerância, paciência, compreensão, estavam presentes. Quem não se lembra de orientações feitas nessa fase que lhe servem de rumo na vida adulta, em todos os espaços de ação do Espírito.
Lembremo-nos das orientações do Cristo quando nos indica que as crianças devem ir até Ele, não por serem seres puros, mas por precisarem de orientação cuidadosa e exemplos morais seguros. Aproximem as crianças das boas exemplificações. Esse é o papel confiado pelo Pai, a cada um de nós, em sua obra da criação.
Importante se faz, auxiliá-las a perceber que sua vida tem um propósito divino e que ele (criança) não é o “único”, mas também não é só mais um na multidão. Como co-criadores do Pai ,deverão participar de sua educação espiritual, aprendendo a ouvir ,externar e ressignificar suas necessidades mais íntimas, a isso damos o nome de Protagonismo Infantil.
Dar as mãos a essas crianças e conduzi-los no caminho do bem, não é apenas traçar o roteiro para que sigam por onde nós seguimos, cada um no orbe tem necessidades espirituais específicas, portanto ,para cada um haverá uma rota a ser seguida, e os espíritos que se encontram na vanguarda dessa caminhada podem e devem segurar suas mãozinhas ainda vacilantes para que caminhem com maior segurança.
“Naquele momento, os discípulos chegaram a Jesus e perguntaram: “Quem é o maior no Reino dos céus?” Chamando uma criança, colocou-a no meio deles, e disse: “Eu asseguro que, a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus. Portanto, quem se faz humilde como esta criança, este é o maior no Reino dos céus”. (Mateus 18,1-4)
Hoje preparamos aqueles que nos receberão logo mais!
Evangelize, Coopere com Jesus!
Equipe da Área da Infância e Juventude - AIJ da UEM e COFEMG