“O papel da mulher é imenso na vida dos povos. Irmã, esposa ou mãe, é a grande consoladora e a carinhosa conselheira. Pelo filho é seu o porvir e prepara o homem futuro. Por isso, as sociedades que a deprimem, deprimem-se a si mesmas. A mulher respeitada, honrada, de entendimento esclarecido, é que faz a família forte e a sociedade grande, moral, unida!”
(Léon Denis – ‘O Problema do Ser, do Destino e da Dor’)
“Assim devem os maridos amar a suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama a si mesmo".
Paulo (Efésios, 5; 28.)
A União Espírita Mineira felicita e parabeniza a cada uma das mulheres neste mês de março, em especial na data do dia 8, reconhecendo o quão importante e sublime é o papel delas no seio da humanidade e na senda do progresso social e humano.
Se o espírito imortal não possui sexo, todavia, Deus facultou ao ser humano encarnado as polaridades sexuais masculinas e femininas com o intuito de nos fazer progredir através das diversas experiências no campo dos sentimentos, da razão e da sensibilidade. E, dessa forma, em cumprimento à Lei de Reprodução, permitir que novos irmãos regressem à vida na carne por meio da reencarnação através dos laços parentais com os seus genitores.
Nesse sentido, e desde a geração de uma nova vida encarnada, devemos reconhecer o quão essencial é o papel da mulher, conforme nos diz a questão 821 de O Livro dos Espíritos, trazido a lume por Allan Kardec em 1857: “As funções a que a mulher é destinada pela Natureza terão importância tão grande quanto às deferidas ao homem?” E a resposta: “Sim, maior até. É ela quem lhe dá as primeiras noções da vida”.
Do nascimento à fase adulta, homem e mulher são o modelo referencial do novo ser reencarnado, que deverá ser educado a aprender novos valores morais, além de trabalhar os já conquistados nas encarnações pretéritas. Por isso, seria ilógico debater quem possui mais responsabilidades ou quais são as mais importantes: se homens ou mulheres?
Seguindo os compromissos para cumprir os desígnios do Pai Maior, cada qual possui responsabilidades proporcionais à sua constituição. Assim, comenta Kardec na questão 820 de O Livro dos Espíritos: “Deus apropriou a organização de cada ser às funções que lhe cumpre desempenhar. Tendo dado à mulher menor força física, deu-lhe ao mesmo tempo maior sensibilidade, em relação com a delicadeza das funções maternais e com a fraqueza dos seres confiados aos seus cuidados”.
Atualmente, a questão dos direitos das mulheres vem ganhando força e deve ser tratado como questão igualitária ao dos homens. Com efeito, a Espiritualidade Superior responde a Kardec na questão 822 de O Livro dos Espíritos, diferenciando os direitos e funções de cada sexo:
“Os direitos de homens e mulheres são iguais, as funções não. A emancipação da mulher acompanha o progresso da civilização. Sua escravização marcha de par com a barbaria. Os sexos, além disso, só existem na organização física. Visto que os Espíritos podem encarnar num e noutro, sob esse aspecto nenhuma diferença há entre eles. Devem, por conseguinte, gozar dos mesmos direitos”.
Assim, fica claro que o respeito, a equiparação de direitos aos dos homens e a compreensão mútua devem ser o ‘fio condutor’ a guiar a humanidade na relação com a mulher. Os sexos variam durante as reencarnações e as posições mudam. Logo, todos estagiamos as mesmas oportunidades e experiências.
Que tenhamos a sensibilidade e o carinho de partilhar de uma caminhada harmoniosa e de compreensão com as mulheres, sabendo que todo dia é dia para se homenageá-las.
Feliz Dia Internacional da Mulher!