"Homem e mulher guardam idênticos direitos perante as Leis da Vida. E ambos, análogas características de imortalidade; nos dois, os mesmos atributos do espírito eterno. Entretanto, a Sabedoria da Criação entregou à mulher as chaves da vida. Com ela, a repetição do berço, nos prodígios do renascimento."
Assim refere-se Emmanuel à responsabilidade, quase missionária, de que se incumbe o espírito ao reencarnar em um corpo e com psiquê femininos. A mulher já carrega consigo toda a potencialidade de geração de vida conferida pela Justiça Divina, sendo o ventre o primeiro reduto de aprendizado do amor, afeto e ternura que um novo ser tem contato.
E, de igual modo, sabemos que a evolução dos costumes na sociedade civilizada, igualmente acompanhado pelo progresso da Ciência, faz com que papeis antes relegados exclusivamente à mulher, ou delas vetados o acesso, sejam revistos e transformados. A luta pela igualdade de gênero nunca esteve tão em evidência, e o desejo de partilharem na prática os mesmos direitos que possuem dos homens nunca foi tão necessário.
Todavia, que esse progresso se faça de mãos dadas, homens e mulheres, jovens e velhos, um cooperando e compreendendo a condição temporária em que o outro ocupa. Afinal, somos seres cujas posições econômicas, sociais, sexuais e materiais são mutáveis constantemente, através da lógica bendita da reencarnação, da alternância de papéis.
Por mais que a dor e os desafios vivenciados pela condição feminina não possam ser sentidos da mesma maneira pelo sexo oposto, e vice-versa, isso não isenta o outro lado de ter empatia, ser solidário; afinal, antes de tudo, partilhamos a mesma condição humana e de seres em constante evolução na Terra.
Para tanto, ainda adverte e esclarece Emmanuel, A TODOS: " Se te encontras na experiência feminina, ante os impositivos da evolução, é natural te compreendas no mesmo nível do homem relativamente à cultura e à inteligência, com a mesma segurança de competência. Mas para a demonstração disso, não busques os pontos de vivência em que a maioria dos homens falhou tantas vezes."
Que possamos transformar o mundo em que queremos viver, evoluir, regenerar, através das ferramentas do amor, da resiliência, da educação moral e persistente, a mesma pedagogia usada pelo Cristo desde que nos abrigou sob sua tutela de misericórdia.
Assim, que homens e mulheres possam dar-se as mãos e aprender com as experiências mútuas. Que o homem, em especial, enxergue na companheira, na irmã, na ente querida, na confrade amistosa, alguém para admirar e lutar junto, sem sentimentos de posse ou propriedade, dando-lhe o sagrado direito à escolha do caminho e amparando-lhe física e emocionalmente.
Às mulheres, nossa homenagem singela que parabeniza e reconhece-as como divino reflexo da Criação.