Dia das Crianças: evangelizar é, também, presentear


A esperança e a renovação estão simbolizadas nas crianças, e o dia 12 de outubro no Brasil homenageia os pequenos. No “Dia das Crianças”, pais e responsáveis costumam presentear os filhos com brinquedos e outros mimos, mas, há quem ofereça, ainda, oportunidades de aprendizado.

Nesse sentido, a União Espírita Mineira realiza, há mais de 50 anos, a ‘Aula Sólon’. Trata-se da conhecida Evangelização Infantil, que busca ministrar temas do Evangelho de Jesus adequados à linguagem das faixas etárias de 0 a 13 anos, e considerando que aqueles que se apresentam hoje como crianças são espíritos imortais.

Para presentear as crianças com a Evangelização Infantil ‘Aula Sólon’, basta levá-las à Sede Histórica da UEM, à Rua dos Guaranis, 315, centro de Belo Horizonte, todos os domingos, de 9h30 às 10h30.

A Evangelização também é uma rica experiência na qual são despertados valores importantes para a vida em sociedade. Aos espíritas é preciso lembrar a importância de cumprir com o dever de despertar na criança a noção de obediência e responsabilidade, consciente de que esse é o ponto de partida para a verdadeira felicidade.

No livro Sublime Sementeira, encontramos esclarecedora diretriz de Bezerra de Menezes (1982) quanto às orientações que os Amigos Espirituais dariam aos pais espíritas em relação ao encaminhamento dos filhos à Escola de Evangelização dos Centros Espíritas. O benfeitor responde que:

Conquanto seja o lar a escola por excelência onde a criatura deva receber os mais amplos favores da educação, burilando-lhe o sentimento e o caráter, não desconhecemos a imperiosidade de os pais buscarem noutras instituições sociais o justo apoio à educação da prole; e, assim, deverão encaminhar os filhos, no período oportuno, para a escola do saber, viabilizando-lhes a instrução. Entretanto, jamais deverão descuidar-se de aproximá-los dos serviços de Evangelização em cujas abençoadas atividades se propiciará a formação espiritual da criança e do jovem diante do porvir.

“Há pais espíritas que, erroneamente, têm deixado, em nome da liberdade e do livre-arbítrio, que os filhos avancem na idade cronológica para então escolherem este ou aquele caminho religioso que lhes complementem a conquista educativa no mundo. Tal medida tem gerado sofrimento e desespero, luto e mágoa, inconformação e dor. Porque, uma vez perdido o ensejo educativo na idade propícia à sementeira evangélica, os corações se mostram endurecidos, qual terra ressequida, árida, rebelde ao bom plantio, desperdiçando-se valioso período de ajuda e orientação. É então que somente a dor, a duros golpes provacionais, pode despertar para refazer e construir.

 

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

A Área de Infância e Juventude (AIJ) está divulgando o Conteúdo Programático com sugestões de temas, bibliografias e tópicos a serem abordados nas evangelizações infantis.

 

DATA COMEMORATIVA

O “Dia das Crianças” é reconhecido em várias nações ao redor do mundo para homenagear os pequeninos. Foi proclamado, pela primeira vez, durante a Conferência Mundial para o Bem-estar da Criança em Genebra, em 1925, sendo celebrado desde então o “Dia Internacional da Criança” a 1 de junho, adotado em países como Angola, Portugal e Moçambique.

Já a Organização das Nações Unidas (ONU) reconhece o dia 20 de novembro como o “Dia Mundial da Criança”, por ser a data em que foi aprovada a Declaração Universal dos Direitos da Criança, em 1959, e a Convenção dos Direitos da Criança, em 1989.

Para o Brasil a data é comemorada em dia diferente do que foi definido pelas instituições internacionais. Isso porque no ano de 1924, o Deputado Federal Galdino do Valle Filho teve a ideia de "criar" o Dia da Criança. Os deputados aprovaram e o dia 12 de outubro foi oficializado como “Dia da Criança” pelo presidente Arthur Bernardes, por meio do decreto nº. 4867, de 5 de novembro de 1924.

Somente na década de 1960, por ações de empresas que comercializavam produtos infantis, é que a data de 12 de outubro passou a integrar o calendário das festas comerciais.