A 88ª Reunião Geral do Conselho Federativo do Estado de Minas Gerais (COFEMG) foi realizada, nos dias 8 e 9 de abril, em um clima de harmonia, integração e com muitas novidades. Mais de 220 representantes dos Conselhos Regionais Espíritas (CREs) mineiros estiveram presentes no encontro, que ficou pequeno para tantos corações interessados em debater questões, trocar experiências e aprender juntos novas propostas de trabalho na Seara do Cristo.
Cada Área do COFEMG (AAE, APSE, AESP, AEEJ, AEE, AIJ, AOM e ACSE) também realizou núcleos de estudo e debate de propostas com os respectivos representantes de diversas partes de Minas para discutirem planos, propostas de ações e ideias para melhorar o trabalho junto ao Movimento Espírita do ponto de vista Federativo.
Os presidentes dos CREs também se reuniram para, juntos, deliberarem questões pendentes e novas demandas de cada região espírita, alinhando as propostas e demandas em pautas comuns. O objetivo é, juntos, levarem o Evangelho de Jesus e a Codificação Kardequiana para cada vez mais perto dos corações.
Dessa forma, o Presidente da União Espírita Mineira (UEM), Henrique Kemper Borges Jr., pode resumir a atuação de cada trabalhador e tarefeiro presente no encontro. “Recebemos os companheiros aqui na Sede Federativa, que é a casa deles, com muita alegria, paz, compreensão e esse reencontro de tantos corações queridos a deliberar questões importantes ao Movimento Espírita e que irão muito contribuir para a propagação de Kardec e do Evangelho de Jesus”, pontuou.
A Vice-Presidente da UEM, Maria Luiza Toledo (Dona Cotinha), também elogiou os trabalhos realizados. “Nós tivemos um clima de muita fraternidade, entendimento, grande presença dos CREs, e agradecemos por tudo ter transcorrido com paz e integração, porque vai repercutir em maior divulgação da Doutrina Espírita e da mensagem do Cristo, tão necessária na época que estamos atravessando”, avaliou.
ACESSIBILIDADE
Inclusão. Essa foi a palavra de ordem trabalhada em todo o encontro, especialmente, com a apresentação do estudo “Inclusão dos Surdos nas Casas Espíritas”, trazido pela intérprete em LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), Heliane de Carvalho Costa. Iniciado em 2007 no Grupo da Fraternidade Espírita Irmã Scheilla, em Belo Horizonte, a proposta é formar novos intérpretes em Libras e contribuir para que os Centros e Casas Espíritas ofereçam esse recurso, ampliando a acessibilidade e permitindo que os surdos conheçam e estudem a Doutrina Espírita.
“Nosso objetivo é promover ações, oficinas em LIBRAS, ampliar o número de intérpretes nas Casas Espíritas e levar para o espírita ouvinte essa reflexão, de se pensar na fraternidade também com a ampliação da acessibilidade. Inclusive, pretendemos desenvolver um Dicionário Temático em LIBRAS especificamente sobre a Doutrina Espírita e ampliar o estudo do tema para a área da Evangelização”, explicou Heliane.
REDES SOCIAIS
Na ocasião, a Área de Comunicação Social Espírita (ACSE) lançou a Apostila Passo a Passo para Redes Sociais. A publicação tem por objetivo promover maior integração entre os Conselhos Regionais Espíritas (CREs) de Minas Gerais, as Alianças Municipais Espíritas (AMEs) e as Casas Espíritas, conforme propõem os Projetos Uniação e Multiplicação.
A Apostila ensina como criar, personalizar, postar conteúdo e administrar perfis nas redes sociais Facebook, Twitter, Instagram, YouTube e no aplicativo de mensagens online para celular, WhatsApp. Para este último há, ainda, um guia de boas práticas e ética, principalmente, se você for um membro de grupos espíritas via celular.
Dessa forma, o COFEMG espera inserir mais os CREs, as AMEs e as Casas Espíritas no meio digital e promover maior interação entre o Movimento Espírita, facilitando a troca de informações e experiências, e contribuindo para a formação de trabalhadores.
MEDIUNIDADE E OBSESSÃO EM CRIANÇAS
Para encerrar o primeiro dia de atividades, a médium e oradora espírita Suely Caldas Schubert falou durante uma hora e meia sobre a questão da mediunidade e obsessão em crianças. Segundo ela, a questão é muito delicada e necessita de maior estudo e compreensão sobre suas abordagens.
“Estou muito feliz de estar aqui entre os mineiros, trabalhando com vocês esse tema tão delicado e, por vezes, não abordado com clareza nas Casas Espíritas. Precisamos entender que as crianças também são espíritos com bagagens de história de vidas pregressas e são suscetíveis tanto à manifestação da mediunidade, segundo suas necessidades definidas no plano espiritual, quanto a ação de obsessores, que não enxergam nelas o pequeno de hoje, mas o adulto de ontem”, definiu Suely.