Imaginemos a criatura que traiu a si própria, através da crueldade voluntária ou da delinquência infeliz, relegada à intempérie, tentando, em vão, fugir à espantosa tempestade que lhe ruge na consciência.
Em torno, tudo se veste na sombra difusa que lhe verte da alma, substancializando a noite de angústia em que se lhe acumulam as horas, e, por dentro, vozes terríveis lhe bradam maldição e remorso, atormentando-lhe o imo do próprio ser.