PACTO ÁUREO completa 70 anos


No dia 5 de outubro de 1949, era assinado um documento histórico para os espíritas brasileiros na então sede nacional da Federação Espírita Brasileira (FEB), no Rio de Janeiro. Na ocasião, cerca de 20 representantes das Federativas e Uniões Espíritas estaduais selavam o compromisso, registrado em ata (leia aqui), com a União e Unificação do Movimento Espírita e sua organização em esquema federativo.

Instituiu-se, aí, o Conselho Federativo Nacional (CFN) – órgão unificador da FEB – e uma série de diretrizes para levar o Evangelho de Jesus e a Doutrina Espírita a todos os cantos do Brasil, além de dialogar com as instituições espíritas e propor a união das forças de trabalho. Era o resultado do firmamento do PACTO ÁUREO, que completa 70 anos.

Para tanto, era necessário percorrer o país e propor essa somatória de forças a todos os espíritas, envolvidos ou não com o trabalho nos órgãos federativos. Afinal, se todos olhamos para o mesmo "norte", por que não trabalharmos juntos na seara do Mestre Jesus? Teve início, assim, a “Caravana da Fraternidade”, que percorreu todo o território brasileiro visando à união, solidariedade e integração dos espíritas.

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MOVIMENTO ESPÍRITA MINEIRO

Em Minas Gerais, após a realização de seu 3º Congresso Espírita, em 1958, foi aprovada a criação e instalação do COFEMG – Conselho Federativo Espírita de Minas Gerais, seguindo os moldes traçados quando da assinatura do PACTO ÁUREO.

A partir de 1964, o COFEMG inicia de fato suas ações e atividades e, desde então, realiza reuniões anuais em Belo Horizonte para tratar de assuntos relevantes ao Movimento Espírita mineiro.

O COFEMG é formado por 28 regiões espíritas, os Conselhos Regionais Espíritas (CRE), que representam as várias regiões mineiras e o Movimento Espírita presente em cada uma.

 

 

MENSAGEM DE EMMANUEL

No ano anterior à assinatura do PACTO ÁUREO, o Espírito Emmanuel já se manifesta por intermédio de Chico Xavier e, em 14 de setembro de 1948, em Pedro Leopoldo /MG, dita mensagem destinada aos irmãos que estariam presentes no 1º Congresso Brasileiro de Unificação, que aconteceu em São Paulo entre 31 de outubro e 5 de novembro de 1948. A mensagem foi extraída dos Anais deste evento.

 

EM NOME DO EVANGELHO

“Para que todos sejam um” – Jesus. (João, 17:22)

Reunindo-se aos discípulos, empreendeu Jesus a renovação do mundo.

Congregando-se com cegos e paralíticos, restituiu-lhes a visão e o movimento.

Misturando-se com a turba extenuada, multiplicou os pães para que lhe não faltasse alimento.

Ombreando-se com os pobres e os simples, ensinou-lhes as bem-aventuranças celestes.

Banqueteando-se com pecadores confessos, ensinou-lhes o retorno ao caminho de elevação.

Partilhando a fraternidade do cenáculo, prepara companheiros na direção dos testemunhos de fé viva.

Compelido a oferecer-se em espetáculo na cruz, junto à multidão, despede-se da massa, abençoando e amando, perdoando e servindo.

Compreendendo a responsabilidade da grande assembleia de colaboradores do espiritismo brasileiro, formulamos votos ardentes para que orientem no Evangelho quaisquer princípios de unificação, em torno dos quais entrelaçam esperanças.

Cremos que a experiência científica e a discussão filosófica representam preparação e adubo no campo doutrinário, porque a semente viva do progresso real, com o aperfeiçoamento do homem interior, permanece nos alicerces divinos da Nova Revelação.

Cultivar o Espiritismo, sem esforço espiritualizante, é trocar notícias entre dois planos diferentes, sem significado substancial na redenção humana.

Lidar com assuntos do céu, sem vasos adequados à recepção da essência celestial, é ameaçar a obra salvacionista.

Aceitar a verdade, sem o desejo de irradiá-la, através do propósito individual de serviço aos semelhantes, é vaguear sem rumo.

O laboratório é respeitável.

A academia é nobre.

O templo é santo.

A ciência convence.

A filosofia estuda.

A fé converte o homem ao Bem Infinito.

Cérebro rico, sem diretrizes santificantes pode conduzir à discórdia.

Verbo primoroso, sem fundamentos de sublimação, não alivia, nem salva.

Sentimento educado e iluminado, contudo, melhora sempre.

Reunidos, assim, em grande conclave de fraternidade, que os irmãos do Brasil se compenetrem, cada vez mais, do espírito de serviço e renunciação, de solidariedade e bondade pura que Jesus nos legou.

O mundo conturbado pede, efetivamente, ação transformadora. Conscientes, porém, de que se faz impraticável a redenção do Todo, sem o burilamento das partes, unamo-nos no mesmo roteiro de amor, trabalho, auxílio, educação, solidariedade, valor e sacrifício que caracterizou a atitude do Cristo em comunhão com os homens, servindo e esperando o futuro, em seu exemplo de abnegação, para que todos sejamos um, em sintonia sublime com os desígnios do Supremo Senhor.

Emmanuel.

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