No plano terreno, todos somos como crianças a aprender, semeando no início da jornada evolutiva. Ao nos direcionar os passos para esta caminhada, o Cristo chama a todos como suas crianças, a galgar, na esperança da vida futura, o ritmo da marcha do progresso. Na abertura do capítulo 8, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Kardec apresenta este conceito, da criança na Terra, não apenas como transvestidas na matéria, mas dentro do princípio de que todos estamos ainda no início de nossas trajetórias.

“A pureza do coração é inseparável da simplicidade e da humildade. Exclui toda ideia de egoísmo e de orgulho. Por isso é que Jesus toma a infância como emblema dessa pureza, do mesmo modo que a tomou como o da humildade.”

Nas Instruções dos Espíritos, o evangelista João reforça que as palavras de Jesus — “Deixai que venham a mim as criancinhas” é voltada para todos, sendo o chamamento: “também o das almas que gravitam nas regiões inferiores, onde o infortúnio desconhece a esperança. Jesus chamava a si a infância intelectual da criatura formada: os fracos, os escravizados e os viciosos. Ele nada podia ensinar à infância física, presa à matéria, submetida ao jugo do instinto, ainda não incluída na categoria superior da razão e da vontade que se exercem em torno dela e por ela.”

Um convite à reflexão sobre o passado que nos encaminha para o porvir.

O Evangelho Segundo o Espiritismo é a terceira obra da Codificação Espírita. Publicado pela primeira vez por Allan Kardec em abril de 1864, na França, completa 160 anos de lançamento em 2024.

Estruturado em 28 capítulos, com passagens evangélicas seguidas de instruções dos espíritos, é escrito em linguagem simples e acessível a todos, sem figuras nem alegorias, contendo a essência do ensino moral de Jesus.

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NB[1]: KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Tradução de Guillon Ribeiro. 131. ed. 13. imp. Brasília: FEB, 2019. Cap.8, it.18 e 19. Instruções dos Espíritos: Deixai que venham a mim as criancinhas.