Em matéria de auxílio aos semelhantes, urge não esquecer a função poderosa do verbo. As palavras beneficentes são os alicerces fundamentais da beneficência sempre que estejamos acordados para a edificação do Reino do Amor:
Quando a secura nos assalte o ambiente, através dos companheiros que se mostrem desgastados em provas constantes, as expressões de reconforto podem ser o bálsamo espiritual com que se lubrifiquem as engrenagens do cotidiano;
Ante contendas e discussões que suscitem afastamento e incompatibilidade, funcionam por agentes de paz, estabelecendo segurança e entendimento;
Se a incompreensão desequilibra o trabalho em andamento, são portas abertas para harmonia e reajuste;
Junto dos que caíram à margem da estrada, constituem apetrechos de socorro, reerguendo-os para a vida;
Ao lado dos irmãos em erro evidente, servem como fatores de ponderação e reequilíbrio, sem qualquer recurso à violência;
Diante das circunstâncias graves, recordam bisturis conduzidos por mãos hábeis na supressão de problemas que nos agravariam as lutas da existência;
Perante os incêndios da cólera ou do azedume, da condenação ou da discórdia, são fontes extintoras da perturbação, carreando tranquilidade e bênção.
Exatamente com as palavras é que se estruturam as leis em que se educam e se orientam as criaturas na Terra, tanto quanto na Terra se inscrevem as revelações dos Céus para o burilamento e elevação dos homens.
Verifica, desse modo, o que fazes com as próprias palavras. Por elas e com elas, é que operas em ti e por ti mesmo, em teu favor ou em teu prejuízo, a paz ou a discórdia, o bem ou o mal, a treva ou a luz.