Nos olhos da mulher, a lágrima irisada
É uma faixa auroral em divinal clarão;
É centelha de luz, de mística alvorada
Que lhe faz reflorir o amor no coração.
Ó lágrima de luz, safira eterizada,
Ó beleza sem par, primores da afeição!
Sublimais o viver na luz alcandorada,
Santificando o amor na suma perfeição!
Jamais o homem feroz será como a mulher,
Pois ela exprime o amor — perfeita a mais não ser —
É o luzente fanal do grande verbo amar!
Bendita seja pois, a flor do sentimento,
Que é a alma feminil — a luz do pensamento —
Abençoada seja a flor do nosso lar!