O ouro que reténs
Voltará para as arcas
Das quais te veio às mãos.
A casa em que resides
Abrigará, mais tarde,
Moradores diversos.
A roupa que te asila
Dirige-se ao monturo
De onde ressurgirá,
Renovada de todo,
Acolhendo outras formas.
O pão de que te nutres
Alimenta-te e passa...
As afeições queridas
Que te enfeitam as horas
De beleza e ternura
São jóias de carinho
Do tesouro de Deus.
Ajudar é ajudar-se.
Trabalhar é aprender.
Servir é entesourar.
Não olvides, portanto,
Que possuís tão somente
O que dás de ti mesmo
No amparo dos semelhantes,
Porque o bem que oferendas
Aos irmãos de jornada
É crédito de luz
A enriquecer-te e, a vida,
Nos caminhos da Terra,
E nas bênção do Céu.