Mãe

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Capítulo: 
82
Espírito(s): 

 

Mãe! O teu coração é qual estrela que empalidecesse no firmamento para que o seu brilho fosse iluminar outras fulgurantes estrelas na tela azul do Infinito! A tua [estrela] é qual a flor que se tornasse fenecida para que o seu suave aroma fosse alimentar outras flores deslumbrantes, que hão de perfumar o jardim da vida! Tu não vives em ti! Existes nos olhares ternos, nos cabelos louros ou nos bracinhos nus dos teus filhinhos, que acaricias com os teus ósculos puros, tão puros quais os beijos do sol ao tocar de leve nas flores! Vives ao lado do berço, onde afagas com amor as tuas mais consoladoras e risonhas esperanças. Vives na doce carícia que ofertas aos teus anjinhos de encontro ao peito e existes nas lágrimas sacrossantas ao lado do berço vazio quando a férrea mão do destino desferiu sobre ti o seu golpe estranho, arrebatando-te toda a excelsa ventura de um luminoso sonho! Não vives para o mundo. Permaneces no mundo pequenino e santo da tua alma, envolta num turbilhão de ilusões fagueiras e dolorosos sofrimentos! O teu coração é um jardim, e só para ele existes, pois que os teus filhos, reflexos puros da tua alma, são as flores meigas que cultivas com enlevo, com arrebatamento e com amor! Quem poderia aquilatar a ternura infinita, o afeto imáculo, a magnanimidade soberba de tua alma? Ninguém! A psicologia humana é incapaz de definir-te, porque tu, ó Mãe, és na Terra o mais acrisolado reflexo do amor de Deus!