Debalde procurais a alma divina
No acervo de bactérias e de humores,
No banquete dos vermes gozadores
Que o processo anatômico examina.
Prisioneiros do cálcio e da albumina,
Mergulhados no pântano das dores,
Sois, ainda, veros sofredores,
Vencendo a noite em sombra, sangue e ruína.
Findo o baile macabro dos instintos,
No cárcere trevoso dos helmintos,
Voltareis à verdade augusta e forte!
E, vencidos no horror do último cerco,
Encontrareis no túmulo de esterco
A claridade angélica da morte!…